PL das Fake News tornaria serviços “menos úteis e seguros” no Brasil
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Google diz que PL das Fake News tornaria serviços “menos úteis e seguros” no Brasil
PL das Fake News prejudica produtos e serviços do Google no Brasil e atrapalha no combate à desinformação, diz empresa
O Google divulgou, na manhã desta sexta-feira (11), uma carta aberta com críticas ao PL das Fake News. De acordo com a empresa controlada pela Alphabet Inc., a proposta que circula pela Câmara dos Deputados pode facilitar a ação de usuários “mal-intencionados” que espalham desinformação, além de tornar serviços e produtos da companhia menos “úteis e seguros” no Brasil.
O PL das Fake News, ou Projeto de Lei 2630/2020, prevê que as plataformas forneçam de maneira compulsória os mecanismos usados para o processo de moderação de conteúdo. Isso inclui redes sociais e provedores de rede com mais de 2 milhões de usuários ativos no Brasil.
Conforme a nota do Google, a proposta obrigaria a plataforma a dar detalhes sobre “a base de treinamentos de sistemas e métodos” usados para melhorar serviços, monitorar violações e puni-las — “o que prejudicaria significativamente a capacidade de combater abusos e spam e proteger nossos usuários de golpes”, afirma a empresa.
O Google alega que o PL das Fake News, na verdade, não ajudará na luta contra conteúdo falso ou enganoso. Pelo contrário: ele serviria como um guia para “agentes mal-intencionados” manipularem os resultados da ferramenta de buscas da plataforma, contornando mecanismos de proteção para subir no ranking de resultados.
Segundo a empresa, a proposta de lei, caso seja aprovada na Câmara, pode prejudicar a segurança das ferramentas de buscas do Google, tornando-a menos segura e mais suscetível a fraudes e golpes.
PL das Fake News também ameaçaria YouTube
O YouTube também estaria vulnerável com a aprovação do PL das Fake News. Caso aprovado, o projeto daria aos “agentes mal-intencionados” informações sobre quais os critérios adotados para reduzir a circulação de conteúdo e contas penalizadas pela plataforma de vídeos. “A partir desse tipo de informação, os mesmos poderiam adaptar seus métodos e conteúdos com o objetivo de enganar nossos sistemas”, avalia o Google.
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