Os ratos gigantes de Gâmbia
Há
uns dias atrás a notícia de ataques de ratos gigantes a moradores de
uma comunidade de Khayelitsha, em Cape Town, na África do Sul, chocou
muitas pessoas pela forma como as vítimas morreram e pelo medo que esse
animal causa em muitos de nós. Se ratos comuns já causam certo asco e
repulsa por nossa parte, imagine ratos de tamanho proporcional a gatos
ou até maiores? Parece coisa de filme de terror, mas os tais ratos
gigantes realmente existem.
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Eles
são da espécie Cricetomys gambianus e são popularmente conhecidos como
ratos gigantes de Gâmbia. Como o nome indica, é um grande rato de
origem africana, descoberto em 1845. Os machos são solitários, como o
hamster sírio, já as fêmeas fazem colônias entre elas. Ambos os
gêneros são criaturas noturnas, onívoras e coprófagas. Além disso, os
ratos gigantes da Gâmbia possuem um anel escuro em volta dos olhos, e
na maioria deles, a pele é castanha, suas bochechas são largas e seus
dentes medem cerca de 3 cm. O seu peso chega a 3 kg, em alguns casos, e
podem alcançar até um metro de comprimento, incluindo a cauda, e por
essa razão são considerados os maiores ratos do mundo.
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A
notícia mencionada no início desse artigo relata o drama dos pais de
Lunathi Dwadwa, de 3 anos de idade, que foi morta durante um ataque
noturno dos ratos dessa espécie. Lunathi estava dormindo em uma cama
feita no chão de sua casa, quando foi atacada. Os pais sequer ouviram os
gritos da menina, que foi encontrada sem os olhos e com partes do
rosto arrancadas pelas mordidas. Após apurarem os fatos, a polícia
chegou a dizer ao pai da menina que nada poderia ter feito aquilo, a
não ser um rato. As autoridades também revelaram que outro bebê morreu
atacado pelos roedores, enquanto a mãe adolescente estava fora com
amigos. A jovem foi presa e acusada de homicídio e negligência.
As
mortes parecem fazer parte de uma onda de ataques desses animais. No
mês passado, a senhora Nomathemba Joyi, de 77 anos, morreu após ratos
gigantes roerem todo o lado direito de seu rosto. O curioso é que os
ataques relacionados a esses ratos não se restringem apenas à região
africana.
Os
mesmos Cricetomys gambianus viraram notícia em 2007 nos EUA quando
autoridades sanitárias do estado da Flórida, iniciaram uma caçada aos
ratos gigantes de Gâmbia que infestavam a região de Grassy Key. Estes
monstrinhos estavam ameaçando plantações e bichinhos de estimação de
quem vivia na região. A solução encontrada pelas autoridades locais
incluía o uso de veneno. Além disso, o governo federal também participou
da caça aos ratos gigantes e informou que estava iniciando a fase
final do segundo ano de um projeto que visa à erradicação desses bichos
que há oito anos se proliferavam na Flórida.
Que tal um rato gigante como bicho de estimação?
Apesar
de tais notícias a respeito do rato gigante de Gâmbia serem um pouco
perturbadoras para nós, esse bicho ainda possui outro tipo de relação
com seres humanos. E qual seria? Bichinhos de estimação! Sim, essa
espécie de rato é muito procurada para criação doméstica.
O
Rato Gigante da Gâmbia começou a surgir recentemente no mercado de
animais de estimação e uma das suas mais peculiares características são
as bochechas de grande tamanho que utiliza para transportar comida.
Cheias, as bochechas permitem transportar até 100 ml de comida de um
lado para o outro.
Os
machos são solitários e agressivos em relação a outros machos. Não é
por isso aconselhável manter dois machos na mesma gaiola, pois muito
provavelmente irão lutar até a morte. Os ratos gigantes são mais ativos
de noite. São bastante sensíveis às mudanças de temperatura, o que os
pode tornar animais mais difíceis de manter em cativeiro.
Ratazanas heroínas
As
minas terrestres são um problema sério em Moçambique. Espalhadas por
todo o país durante a guerra civil, que acabou em 1992, elas ainda
vitimam muitas pessoas, causando mortes e mutilações. Inclusive, a causa
das minas foi uma das principais preocupações da Princesa Diana.
Ok. E você deve estar se perguntando: E o que tem a ver os ratos com esta história?
É que, em Moçambique, os ratos gigantes de Gâmbia são treinados para identificar o cheiro da pólvora.
O
peso do rato não é suficiente para detonar as minas. Então, eles são
soltos nos campos minados e, ao localizarem uma mina, cavam ao redor
dela, deixando-a exposta para ser desarmada pelos humanos.
Estes
ratos, com o seu super faro, também estão sendo usados para
identificar a tuberculose em escarros de doentes, e estão tendo uma
taxa de sucesso maior do que os técnicos com microscópios.
Depois de fazer um balanço dessas informações, que tal investir num roedor gigante como bichinho de estimação?
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