arma mais tarde conhecida por cocktail Molotov parece ter surgido durante a Guerra Civil Espanhola de 1936-39 quando foi usada pela primeira vez contra os tanques Nacionalistas pelas forças Republicanas. A partir daqui, esta arma passou a ser usada por praticamente todas as nações por ser uma arma fácil de produzir e usar, por forças tanto regulares como irregulares.
Durante a Guerra de Inverno (1939-40), o mal equipado e bastante reduzido Exército Finlandês enfrentou o poderoso Exército Vermelho após a recusa dos finlandeses em entregar algumas terras à União Soviética. Então, usaram o engenho incendiário improvisado contra os tanques soviéticos.
É durante este conflito que o nome deste engenho surge. Foi derivado ao político soviético Vyacheslav Mikhailovich Molotov devido à sua transmissão rádio onde disse que a União Soviética não estava a lançar bombas mas sim a entregar comida aos finlandeses esfomeados. Como resposta, os finlandeses chamaram às bombas incendiárias
cesta de piquenique de Molotov, mais tarde baptizadas de
Cocktail Molotov. No início o termo era usado para descrever apenas a própria mistura inflamável, mas com o tempo o termo começou a ser aplicado à combinação de tanto a garrafa como o seu conteúdo.
O cocktail Molotov foi usado na Guerra de Inverno, depois na Guerra da Continuação (finlandeses contra soviéticos) e usada por ambos os lados na Segunda Guerra Mundial, principalmente devido à sua qualidade de degradar a moral do inimigo. Por exemplo, durante a Revolta do Gueto de Varsóvia em 1943 o cocktail Molotov foi usado contra as tropas nazis:
As garrafas bem apontadas atingem o tanque. As chamas espalham-se rapidamente. O barulho da explosão ouve-se. A máquina permanece amovível. A tripulação é queimada viva. Os outros dois tanques dão a volta e retiram-se. Os alemães que cobriam a retaguarda retiram-se em pânico. Nós vemo-nos livres deles com alguns tiros e granadas bem apontadas.
A arma básica é simplesmente uma garrafa de vidro contendo petróleo (ou uma outra substância inflamável) com um trapo embebido em óleo ou algo similar à volta do gargalo. Este trapo é incendiado imediatamente antes da arma ser lançada sobre o alvo, quebrando a garrafa ao atingir o alvo o que permite que o seu conteúdo seja incendiado.
A principal maneira de assegurar os estragos é detonar a bomba-garrafa sobre ou perto das ripas do motor ou talvez nos aparelhos de visão. Também foi descoberto na altura que apenas petróleo não era uma arma anti-armadura muito eficiente uma vez que escorria pelos lados do tanque mesmo quando a arder. Para tornar a mistura inflamável mais aderente, o petróleo teve de ser misturado com um agende viscoso como o diesel ou óleo ou em certos casos formas várias de látex.
Mais tarde na guerra, os soviéticos prenderam arbustos ou aglomerados de fio para proteger a traseira do tanque, esperando que a garrafa não quebrasse, visto não iria embater na armadura, mas a solução dos finlandeses foi a de atar 2 ou 3 pedras a cordas presas na garrafa para que estas quebrassem o vidro. Também foi usado arame farpado em volta da garrafa para se a garrafa atingisse uma reentrância a proteger a ventilação do tanque, a hipótese de pegar fogo ao motor aumentava.
Existiram vários destes tipos de granada a normal era a Granada Britânica, auto-ignição de fósforo, nº 76. Esta era uma garrafa de leite fechada à pressão (contendo uma mistura de fósforo, água e benzina) e era nomeadamente uma arma anti-tanque. Podia ser atirada sobre o alvo ou lançada de um Projector Northover, e continha uma peça de borracha que se dissolvia gradualmente na mistura para a fazer pegar melhor ao seu alvo. Cada granada nº 76 pesava cerca de 0,535 kg.
Ainda hoje em dia, o cocktail Molotov é uma arma comum para terroristas e para manifestantes.
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