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Censo marinho lista 230 mil espécies animais no planeta
SÃO PAULO. Um pacotão de pesquisas de acesso livre, divulgadas na segunda-feira, sintetiza o esforço de dez anos para tornar a biodiversidade dos oceanos menos misteriosa. O resultado, porém, está mais para uma medida do desconhecimento humano sobre os mares.
E isso porque a equipe internacional do Censo da Vida Marinha conseguiu mapear cerca de 230 mil espécies em 25 áreas dos mares. O buraco, contudo, é mais embaixo: entre um quarto e três quartos dos seres vivos marinhos, dependendo da região, ainda precisa ser batizada pela ciência, estimam os pesquisadores.
Apesar disso, algumas conclusões já podem ser esboçadas. Em dez artigos na revista científica "PLoS One" (www.plosone.org), a equipe coordenada por Mark Costello, da Universidade de Auckland (Nova Zelândia), mostra, por exemplo, que bichos como focas, baleias e gaivotas são só a ponta do iceberg - 2% da diversidade - da vida marinha.
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Os verdadeiros senhores dos mares são camarões, caranguejos e seus parentes menos conhecidos - os crustáceos, equivalentes a um quinto de tudo o que nada, flutua ou rasteja por lá.
"É o esperado", afirma Fábio Lang da Silveira, zoólogo da USP e gestor do Obis, banco de dados sobre a localização de espécies do censo, na região do Atlântico Tropical. "Assim como em terra firme, os insetos são os mais diversificados, acontece a mesma coisa no oceano com os crustáceos, os quais, tal como os insetos, também são artrópodes".
Por enquanto, as áreas consideradas campeãs de biodiversidade são as águas da Austrália e do Japão, ambas com 33 mil espécies. O Brasil está em 13º lugar na lista, com cerca de 9.000 espécies registradas, um pouco menos que a média.
ONG denuncia matança ilegade 280 mil tubarões no Brasil
São Paulo. A demanda por alimentos feitos a partir da barbatana de tubarão na Ásia está sendo apontada como a causa da matança ilegal de 280 mil animais na costa brasileira, nos cálculos da organização não-governamental Instituto de Justiça Ambiental.
A ONG, que fez a estimativa a partir de autos de infração e apreensões do Ibama no Pará, entrou com uma ação na Justiça na qual demanda uma indenização de R$ 1,4 bilhão de uma empresa de pesca por danos ambientais. Os danos se referem à captura ilegal de 25 toneladas de barbatanas de tubarão e bexigas natatórias, que a ONG acusa uma empresa de processar e revender ilegalmente para a Ásia.
Publicado em: 04/08/2010 Jornal O Tempo
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