Massa de gesso-cola¹.
Preparando-se
o gesso com uma solução de cola em lugar de água, obtem-se, depois do
endurecimento do gesso, uma massa de cor amarelada, parecida ao marfim,
bastante dura e brilhante. Mergulhando-se estas massas numa solução de
sulfato de alumínio em água ou tratando-as com uma fervura de nozes de
galha, a cola superficialmente existente se transforma numa liga
insolúvel: cola-óxido de alumínio ou cola-ácido tânico e a massa se
torna resistente contra a ação de água e sabão.
Para a fundição destas massas empregam-se moldes lisos, internamente
engraxados corn óleo, dos quais as peças fundidas saem com uma
superfície lisa, brilhante. As massas podem ser coloridas, à vontade,
com tintas de anilina.
¹ nota do blog- Cola;
No início do século usava-se diversos materiais para preparação de
colas; Amido, Dextrina, Caseina, Goma Arábica, Cautichu, Gutaperra,
Mastique, Gelatina animal, Cola de Peixe. Há de se levar em conta os
materiais da época ao usar as fórmulas contidas no blog. Recomenda-se
testes prévios.
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Massa de modelar para crianças.
branca Amarela Vermelha
Lanolina livre de água ....... 10 grs. 10 grs. 10 grs.
Magnésia calcinada ......... 10 grs. 10 grs. 10 grs.
Amido .......................... 15 grs. 15 grs. 15 grs.
Óxido de zinco ............ 6 grs. — —
Argila branca .............. — 9 grs. —
Argila vermelha .............. — — 10 grs.
Derrete-se a lanolina e adiciona-se a mistura dos pós.
Massas para fazer cópias plásticas de moedas e medalhas.
1. Enxofre derretido, bem líquido, é misturado com a mesma
quantidade de terra infusória e um pouco de grafite. A massa é mantida
líquida em cima de uma chama, e aplica-se, rapidamente, uma quantidade
suficiente na moeda ou medalha, para obter uma cópia plástica de grande nitidez.
2. Uma liga derretida de 3 partes de estanho — 5 partes de
chumbo — 8 partes de bismuto despeja-se numa placa fria de ferro,
deixando cair as moedas nestes metais derretidos. As ligas se
solidificam com grande rapidez, fornecendo uma plástica em fundição de
grande nitidez.
3. Derrete-se 4 partes de um asfalto de boa qualidade, adiciona-se a este 12 partes de cera branca
— 4 a. 6 partes de estearina
— 3 partes de cebo.
Finalmente, para evitar o apego, adiciona-se 0,5 partes de grafite ou
gesso finamente peneirado, sob revolução contínua. A massa pode ser
derretida muitas vezes. Quando a mesma se torna quebradiça, adiciona-se1
um pouco de cera ou cebo. A massa dá reproduções extraordinariamente
nítidas.
Cera para moldes.
1. -2 kgs. de cera branca são derretidas com 0,75 kgs. de goma-laca, sob revolução e com fogo ligeiro.
2. -6 partes de cera branca são amassadas e, depois, misturadas com l parte de graxa de porco e l parte de óxido de zinco.
Para a coloração, adiciona-se um pouco de ocre. Não se empregue glicerina, terebentina, farinha de batatas, etc.
3. Moldes elásticos para fins galvanoplásticos.
20 partes de cola — 2 partes de açúcar marrom cristalisado são
dissolvidos em tanta água quente que se forme, depois do esfriamento,
uma gelatina sólida.
Os
moldes elásticos assim fabricados são utilizados como matrizes para os
moldes rígidos, enchendo-os com uma mistura morna de 24 partes de cera
amarela — 4 partes de cebo de cordeiro — 4 partes de colofônio. Esta
última massa torna-se muito dura depois do esfriamento.
4. Moldes de resina para a galvanoplastia.
— 4 partes de asfalto
— 12 partes de cera branca
— 4 partes de estearina
— 3 partes de cebo
— 22 partes de. terebentina grossa
— 11 partes de colofônio são derretidos e misturados com 55 partes de grafite.
5. Moldes condutores para a galvanoplastia.
Aplica-se nas matrizes uma camada uniforme de uma solução de 9 grs. de
nitrato de prata em 100 grs. de espírito de vinho. Antes de secar,
deixa-se atuar gás sulfúrico sobre o molde. Forma-se, dentro de poucos
segundos, uma camada condutora de sulfito de prata.
6. Massas e pastas de papel
a) Molha-se pedaços de cartão de cor branca ou cinzenta
durante algum tempo em água, fervendo-os, depois, até se tornarem bem
moles. Agora decanta-se o excesso de água e espreme-se a massa, um
pouco. Depois disso a massa é moida a uma pasta viscosa.
A esta pasta adiciona-se, como meio de ligação, cola animal fervida, e mistura-se intimamente.
A pasta de papel adiciona-se 3 a 4 partes de giz preparado, finamente pulverizado.
Por cada 20 partes da pasta se dá, geralmente, l a 2 partes de uma
solução forte de cola. O conteúdo do giz efetua não somente uma secagem
mais rápida dos objetos formados e torna a modelação da massa mais
fácil, como também a massa de papel se torna muito mais resistente e
pode ser envernizada com maior facilidade. Os moldes necessários são
feitos de gesso, madeira ou metal.
Para o uso, os moldes devem ser engraxados com uma mistura de 2 partes de óleo de colza e l parte de-sabão potássico.
b) 1/2 kg. de cola de Colónia deixa-se inchar em 2 litros
de água durante 12 horas, adiciona-se, depois, 250 grs. de cartão (sem
cola) finissimamente cortado ou despedaçado. Depois disso ferve-se até a
solução, peneira-se por tela de linho, adiciona-se 1 kg. de serradura¹
fina, peneirada — 2 kgs. de giz finamente moido — l kg. de argila moida
e peneirada e amassa-se toda a mistura. A massa pode ser prensada em
moldes bem engraxados.
-¹ Serradura; serragem, pó de madeira.
c) Massa para imitações anatómicas. Aquece-se
biocloreto de zinco e adiciona-se, sob revolução, papel de jornal
finamente raspado. A esta mistura adiciona-se um pouco de óxido de
zinco. A massa endurece relativamente depressa.
Massas plásticas.
1. Uma mistura de 125 partes de gelatina
— 125 partes de glicerina
— 5 a 20 partes de enxofre
— 20 partes de cânfora
— é aquecida, durante 3 dias, com 15 até 20 partes de colofônio, copal ou uma resina equivalente.
Depois disso, a mesma é endurecida com 12 a 15 partes de aldeído fórmico ou 3 a 10 partes de bicromato de sódio.
2. Massa plástica de caseína para a fabricação de marfim artificial, carei, tartaruga, borracha endurecida, celuloide, etc.
Uma massa muito dura, elástica, que não se torce, pode ser fabricada,,
tanto da caseína fresca como também da caseína seca (do comércio), por
meio de amassamento da caseína com ácido sulfúrico de 60° Be ou com uma
solução de partes iguais de cloreto de zinco sólido e água, até se
formar uma massa viscosa, mucosa.
Depois, de eliminar o ácido por meio de lavagem com água ou soluções,
neutralizantes, a massa pode ser prensada em moldes, sob adicionamento
de água, glicerina ou espírito de vinho, e
endurecida com aldeído fórmico.
Como substância inerte pode-se, usar amido, magnésia (óxido de magnésio), giz, caolim, etc., e substâncias colorantes.
3. 125 grs. de gelatina são dissolvidas em 125 grs. de
glicerina e misturadas com 5 a 20 grs. de enxofre — 20 grs. de cânfora.
— 10 a 15 grs,. de colofônio, depois disso endurecidas com 10 a 20 grs.
de aldeído fórmico e, finalmente, aquecidas, durante p. ex. 30 horas, a
cerca de 80 a 100°. Obtem-se uma massa dutil, elástica.
Massas de gesso para quadros, estuque, rosetas, etc.
1. Derrete-se 13 partes de cola (preliminarmente molhada
em água), despeja-se a mesma sobre 4 partes de litargírio finamente
pulverisado e adiciona-se, ainda, 8 partes de alvaiade de chumbo — l
parte de serradura fina e, finalmente, 10 partes de gesso. A mistura
preparada é enchida em moldes engraxados com óleo. Estes moldes
consistem de duas metades. Depois do esfriamento, os objetos são
retirados.
2. 2 partes de gesso e l parte de giz preparado são
intimamente misturadas, em estado seco, peneirados e, depois disso,
adicionada uma solução quente de cola até se formar uma pasta viscosa
que se peneira novamente. 30 partes desta pasta morna e 15 partes da
pasta morna de papel são misturadas intimamente e depois diluídas. A
massa seca possue a dureza de madeira branda, e pode ser trabalhada como
esta.
Massas duras de gesso.
Como meios que produzem uma têmpera do gesso, devem ser mencionados a
cal cáustica, alúmen, sulfato de potássio ou zinco, bórax e tártaro de
sódio e potássio. Para temperar o gesso por meio de cal, extingue-se
cuidadosamente cal branca, de modo que ela se desintegre em pó fino.
-Adiciona-se ao gesso, no máximo, 10% do peso da cal.
As duas substâncias devem ser misturadas muito intimamente, pelo fato
que uma distribuição desigual da cal produziria dilatações desiguais da
massa fundida. O gesso de cal deve ser protegido contra o contato com o
ar.
Os objetos fundidos de gesso de cal tornam-se, depois de algum tempo,
muito duros por causa da absorção de dióxido de carbono do ar.
Para obter um gesso de alúmen, moe-se uma pedra branca de gesso e
mistura-se com a décima segunda parte do seu peso com sulfato de
alumínio e potássio finamente pulverizado.
A mistura é ligeiramente calcinada em caldeiras chatas, pelo qual se
obtém uma massa ligeiramente adesiva que pode ser facilmente
transformada em forma de pó.
Ao preparar o gesso de alúmen com água, obtem-se uma pasta que solidifica somente depois de cerca de 40 a 60 minutos.
Massa isolante para tubos de vapor.
De 4 partes de amido e 100 partes de água prepara-se uma massa, à qual
se adiciona serraduras até obter uma pasta bem viscosa, que se aplica
nos tubos. Depois de secar, pode-se aplicar uma tinta.
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